Luis Gonzaga merece algo melhor
Por Gilson Silva
Ontem
(24/05/2012) eu fui a mais um evento em homenagem ao nosso Rei do Baião (Luiz
Gonzaga), desta vez lá na Torre Malakoff, o título do evento: Coisas que
aprendi nos discos - Edição Luiz Gonzaga, evento este realizado pelo governo de
Pernambuco com apoio da Fundação Joaquim Nabuco e coordenado por Fátima Bulcão,
no hall de entrada uma grande estátua de Luiz Gonzaga dava as boas vindas,
feita, possivelmente, pelo grupo de Aberlado da Hora, o mesmo se encontrava no
evento com sua vitalidade admirável. Foram doze artistas convidados, segundo o
material gráfico que foi distribuído no local, por sinal muito bom, material de
primeira, em forma de compacto de vinil, no encarte interno uma copia fiel de
um compacto de vinil feito de papel, que dava os informes do evento, até aí
tudo bem. Cheguei às 18h30min, as sete e pouca chegou o trio Pe-de-Serra,
imediatamente começou a tocar um forrozinho ao lado da estátua. Foram servidos
pipocas e caldo de cana em poucas quantidades, logo a cota de 100 pipocas e
caldos de canas foi atingida (segundo o vendedor de pipoca) e não mais foram distribuídos
grátis, passaram a ser vendidos, até aí tudo bem, mas cadê a homenagem merecida
do Rei do Baião? Não houve ninguém cantando músicas dele, não houve ninguém xaxando...
Não houve ninguém ensinando nada, já que o material gráfico dizia bem claro: É
para ensinar e pra nunca esquecer e que seria um programa educativo, confesso
que não vi nada disso, o que eu vi foi um evento no local fechado, pequeno e alem
do mais em reforma, sem elevador funcionando, obrigando a todos, inclusive a
Aberlado da Hora com seus quase 90 anos ter que subir as escadas estreitas de
madeira pra ver as gravuras de Boges e outras obras de outros artistas que se
localizava no primeiro andar. Tinha alguns quadros em três dimensões mostrando
palafitas e uma enquete de uma feira feita por Elizângela das Palafitas, um
trabalho muito bem feito, este sim tinha haver com Luis Gonzaga e com certa
grandiosidade como o mestre merece, os demais também legais, mas não expostos
para o grande público, tinham: uns quadros com fotos em preto e branco com
sertanejos, grafites, trabalhos de audiovisuais numa salinha pequena com som
ambiente, coberta com cortinas pretas, sem muita criatividade e no hall, onde o
trio se apresentava, tinha uma pequena caixa amplificada que servia para o apresentador
fazer o seu trabalho, apresentando o convidado Marcelo Mario de Melo que leu o
seu cordel (feito para o evento) com algumas quadrinhas bem feitas falando dos
participantes. Durante alguns uns minutos deu pra se ver tudo, quase tudo, ou
melhor, nada com o peso de organização e de público que o Centenário de Gonzaga
merece. No lançamento foi assim, imagine como serão os outros dias de evento,
pois o mesmo se estende até o dia 05 de maio (terças, sextas e domingos) foi
muito dinheiro aplicado para pouco resultado!
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